domingo, 29 de junho de 2008

Com minha Voz


Minha Vó não quer saber de galeria
Minha Vó escreve poesia
Minha voz, é a sua agonia

Minha Vó caminha só
Minha Vó não sabe Português
Minha voz, é como Javanês

Minha Vó come cores
Minha Vó vive pelas flores
Minha voz, é de amores

Minha Vó não chora
Minha Vó continua só
Minha voz, ora, é sofrimento

Minha Vó nunca quiz nada
Minha Vó trabalhou calada
Minha voz, é que nunca pegou em enxada

Minha Vó fez da vida tragédia
Minha Vó é da classe média
Minha voz, é anarquia aristocrática

Nenhum comentário: