quarta-feira, 2 de julho de 2008

Justiça



A vida inteira eu estudei em instituições de ensino privado. Poderíamos discutir as razões e consequências dessas escolhas em nossas vidas, mas, apesar de serem politicamente/sociologicamente/filosóficamente/infinitamente interessantes, o cidadão comum deve estar mais preocupado com o desempenho do seu time de futebol, ou ainda, assistindo a alguns vídeos interessantes do Youtube.
Estando preocupado ou não com a vida alheia, o processo de educação deve ser algo muito instigantes para os profissionias da área, as vezes sinto dó, só as vezes. Ainda me lembro de uma aula do terceiro colegial sobre justiça. Nesta aula a professora de Português apresentou um problema para a sala discutir, quer dizer apenas tentou, pois estimular alunos a pensar em uma sala preparatória para vestibular é quase impossível. Mas o problema era o seguinte:

1-Você tem um experimento de laboratório.
2-Você precisa de cobaias(ratos) que serão sacrificadas.
3-Você poderá intervir no experimento.
4-Você pode salvar a vida de uma cobaia.
5-O que você faz?

Então a professora começou a filosofar sobre a situação, falando que tomar qualquer decisão seria totalmente complexo. Afinal, se você salva a vida do primeiro rato, automaticamente você estará condenando a morte outra cobaia. E foi assim, apresentou o caso, discutiu um pouco e jogou a bola para os alunos/máquinas refletirem um pouco.
Foi quando minha vida mudou e eu entendi o que é justiça, ou, injustiça, sei lá. Um coleguinha de sala se manifesta, sim máquinas também pensam, e questiona a professora:

- Mas de que cor é a cobaia!?

3 comentários:

ele disse...

Podemos dizer que, majoritariamente, todo e qualquer método de educação/disciplina é anti-natural. Afinal, o que é a disciplina senão tornar comum e rotineiro ao indivíduo algo que naturalmente não o é? Conscientemente forçá-lo a abrir mão de hábitos inconscientes e moldá-lo de acordo com uma perspectiva de vida?

O ideal de justiça, e a relevância da cor da cobaia!, são deformações do carater das massas. Eu quero é mais que a cobra morda a mão do safado que tirar a refeição dela.

7777Nishi disse...

Muito bom! Muito bom!

jebar437 disse...

É legal quando a pessoa joga o preconceito dela na nossa cara, né?